terça-feira, 11 de julho de 2017

Acadêmica de Ciências Biológicas da URI vive experiência de 15 dias na Floresta Amazônica

A acadêmica do Curso de Ciências Biológicas da URI Santo Ângelo, Tcheily Miriele Iapp, realizou, neste primeiro semestre, uma vivência de 15 dias na Floresta Amazônica, na cidade de Iquitos/Peru.
O grupo, que contava também com argentinos, era composto por biólogos e ambientalistas, apaixonados pela defesa da vida e focados na busca de conhecimento. A vivência extrema que a Amazônia oferece foi o que os moveu a permanecerem tantos dias no meio da selva. O objetivo da viagem foi organizar uma casa localizada em frente ao rio Amazonas, cedida por uma comunidade amazônica para grupos de viajantes, e que será utilizada nos próximos anos para cursos de graduação relacionados à área ambiental e demais vivências.
Além do trabalho, Tcheily conta que o grupo visitou tribos indígenas, centros de reabilitação de macacos, e aprendeu com os ribeirinhos, costumes e culinária típicos das comunidades amazônicas. O fato que mais chamou sua atenção foi o consumo de frutos, folhas, sementes e raízes. A pesca, a caça e a procura de frutos na floresta fizeram parte da vivência do grupo, que, por estarem num local isolado, tinha que buscar o alimento diariamente. “Toda esta experiência é uma oportunidade única e transformadora, extremamente valiosa para o encerramento de um curso superior na área ambiental”, avalia a acadêmica.
Tcheily destaca que a riqueza da fauna e da flora do local é algo a se dar muita ênfase. Tal fato foi constatado quando o grupo percorreu três horas pelo rio Amazonas acima. “A Amazônia é realmente um lugar ímpar e merece ser preservada e respeitada por todos nós, pois fazemos parte da natureza e ela faz parte de nós. No final, as coisas se misturam e viramos um só”.
A experiência foi relatada aos colegas do curso e discutida na disciplina de Botânica V, instigada pela professora doutora Nilvane Ghellar Müller. Tcheily salientou a importância das plantas comestíveis para a população daquele local, sendo que a orientação dos moradores das comunidades ribeirinhas é de usar as folhas de bananeira, como base para todos os alimentos, como prato típico amazônico.
A acadêmica disse que na área vivenciada existem muitas espécies de micro orquídeas e que a interação entre a flora e a fauna é muito grande. A professora Nilvane observou que, com a facilidade de acesso aos alimentos industrializados, a população em geral tem deixado de lado certos produtos alimentícios, como os vegetais. Por outro lado, o conhecimento empírico das plantas, extremamente valioso, deve ser considerado cada vez mais. Fruto disso é que, muitas vezes, a Amazônia é uma tentação para vários países, devido ao grande capital vegetal naquela região.
A professora mestre Maria Lorete Thomas Flores, coordenadora do curso de Ciências Biológicas, destaca que essas oportunidades são muito importantes, pois mostram as possibilidades de trabalho para os acadêmicos. “E quando alguém participa de atividades como esta, ao retornar é muito interessante relatar a experiência vivenciada aos colegas, como ocorreu neste caso”.

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