Os concluintes de graduação no curso de Engenharia Civil da URI Santo Ângelo, Laura Lucca e Marcos Venícius Schimidt, sob a orientação do professor mestre Fábio Pereira Rossato, aprovaram o Trabalho de Conclusão de Curso, TCC, “A competitividade do pavimento de concreto de cimento Portland na pavimentação de rodovias”.
O TCC dos formandos foi avaliado por banca examinadora integrada pelos professores mestres Boris Casanova Sokolovski, Nelson Seidler e Fábio Pereira Rossato.
De acordo com a pesquisa de Laura e Venícius, o transporte rodoviário é o principal sistema logístico no Brasil, por onde passam mais da metade de todas as cargas movimentadas em território nacional. Segundo relatório anual da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), apresentado em 2017, o Brasil possui 1,7 milhão de quilômetros de estradas, das quais apenas 12,9% são pavimentadas, sendo que a maior parte das mesmas se encontra em estado danificado devido à falta de manutenção.
Segundo os formandos, “grande parte destas rodovias, mais de 95%, possuem revestimento asfáltico, enquanto os pavimentos de concreto de cimento Portland são utilizados em situações mais específicas, como em corredores de ônibus, pátios de aeroportos, rodovias privadas ou com alto volume de tráfego”.
A pesquisa comprova que “os pavimentos asfálticos, projetados para uma vida de serviço entre 10 e 12 anos, possuem um menor custo inicial de execução, porém, exigem manutenção periódica e, caso essa manutenção não seja realizada no momento adequado, os custos aumentam exponencialmente a longo prazo. Já os pavimentos de concreto são projetados para uma vida de serviço entre 20 e 30 anos, possuem um maior custo de implantação, mas o custo e a necessidade de manutenção são bem menores”.
Laura e Marcos observam que “sendo a malha rodoviária o principal sistema de transporte de cargas e passageiros do país, é imprescindível que as rodovias se apresentem em boas condições e que garantam conforto e segurança aos usuários. Diante desse contexto, buscou-se através do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), avaliar os custos de implantação e manutenção de pavimentos asfálticos e de concreto, bem como as manutenções necessárias durante períodos de 10, 20 e 30 anos a fim de encontrar a solução com a melhor relação custo-benefício”.
Os concluintes de Engenharia Civil afirmam: “Foi possível concluir que, para os parâmetros considerados, os resultados obtidos mostram que o custo inicial de construção dos pavimentos de concreto é realmente bastante superior quando comparado aos pavimentos asfálticos, conforme amplamente citado na bibliografia consultada. Porém, os pavimentos asfálticos, devido às manutenções corriqueiras e mais onerosas, superam o custo dos pavimentos de concreto entre 14 e 20 anos após a implantação da rodovia. Também, à medida que aumenta o tráfego de projeto das rodovias, os custos de implantação dos pavimentos asfálticos e de concreto se aproximam e maior é o custo benefício deste último. Um resumo dos resultados pode ser visto na figura abaixo, para um volume de tráfego muito pesado”.
O professor mestre Fábio Pereira Rossato, orientador da pesquisa, observa que “trabalhos como os realizados pelos alunos de graduação Laura Lucca e Marcos Venícius Schimidt comprovam a competitividade do pavimento de concreto de cimento Portland. Infelizmente, em nosso país, as obras são licitadas geralmente por tomadas de preço, onde vence a empresa que propuser o menor custo de execução para uma determinada obra rodoviária. É necessário mudar. No entanto, essa atitude deve partir dos órgãos responsáveis por administrar as rodovias brasileiras. É preciso pensar em gerência, custo-benefício e a longo prazo, pois a população está cansada de pagar impostos altíssimos como são os IPVA’s e ter como resultado rodovias em mau estado de conservação”.
O professor mestre Fábio Pereira Rossato, orientador da pesquisa, observa que “trabalhos como os realizados pelos alunos de graduação Laura Lucca e Marcos Venícius Schimidt comprovam a competitividade do pavimento de concreto de cimento Portland. Infelizmente, em nosso país, as obras são licitadas geralmente por tomadas de preço, onde vence a empresa que propuser o menor custo de execução para uma determinada obra rodoviária. É necessário mudar. No entanto, essa atitude deve partir dos órgãos responsáveis por administrar as rodovias brasileiras. É preciso pensar em gerência, custo-benefício e a longo prazo, pois a população está cansada de pagar impostos altíssimos como são os IPVA’s e ter como resultado rodovias em mau estado de conservação”.
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