A população brasileira vive um momento de intensa instabilidade política e econômica, gerando incertezas, principalmente, entre os jovens que almejam um lugar no mercado de trabalho. Estes jovens estão investindo em cursos de qualificação profissional, tais como cursos técnicos e de graduação. Será que todos conseguirão inserir-se no mercado de trabalho diante do contexto de instabilidade econômica?
Inicialmente, é necessário analisar os fatores causadores desta instabilidade econômica. Constata-se que a crise política afeta de forma direta a economia do país, pois são os governantes que administram o dinheiro disponibilizado para os investimentos necessários. Porém, como a própria mídia já tem mostrado escancaradamente, este dinheiro nem sempre é utilizado de forma honesta e é aí que o problema começa e é agravado.
Com a economia instável, a taxa de desemprego no Brasil aumentou para 13,7% somente no primeiro trimestre deste ano, quando em igual período no ano passado, 2016, era de 10,9%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados em abril pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o índice geral do número de desempregados no país, mas em áreas mais específicas de trabalho como a engenharia, interessa-nos focar a situação como a crise tem afetado o emprego desse profissional. Até porque a engenharia sempre foi vista como a alavanca da economia do país, pois ela é a responsável pela construção de imóveis, estradas, usinas hidrelétricas, estações de tratamento de água, dentre outras atividades desenvolvidos por profissionais desta área.
Os números apontam que só em 2016, cerca de 500 engenheiros civis perderam seus empregos, porém, o número de formandos nos cursos de engenharia só tem aumentado e, da mesma forma, o número de engenheiros recém-formados desempregados. Isso tem assustado os jovens que estão cursando engenharia, independente da área escolhida, pois estes veem seus amigos recém-formados buscando e não encontrando espaços de atuação, o que antes era algo garantido.
A adesão ao próprio negócio é uma saída, porém, com a instabilidade econômica atual isso tem ficado em segundo plano. Há quem tenha arriscado e obtido êxito e há quem não tenha obtido bons resultados, pois todo início de carreira é difícil. Manter o foco e escolher projetos inovadores é o segredo para se manter no mercado e driblar a instabilidade atual no setor. Entendemos que o momento requer que sejamos empreendedores e, como tal, criar novas alternativas pode ser um diferencial no mercado, saindo da zona de conforto, na certeza de que as lamentações não contribuirão em nada para superar as graves dificuldades vivenciadas no campo político e econômico brasileiro.
Uma das melhores formas de preparação para enfrentamento das situações menos favoráveis no mundo do trabalho está relacionada ao processo de formação qualificada brasileira a fim de compreender cada vez melhor as complexas relações sociais e de poder que envolvem a política e a economia. O conhecimento faz a diferença em qualquer situação, mas especialmente em momentos de retração de oportunidades de trabalho.
Reconhecemos que o momento atual exige que o jovem se envolva ainda mais com a vida social, política e econômica do país. Acreditar num mundo melhor, supõe comprometimento e conhecimento das ações positivas e impulsionadoras da esperança de que as dificuldades nunca são maiores que as possibilidades de superá-las.
Autores:
1.Franciele Rodrigues Dutra – acadêmica - curso de Eng. Elétrica – URI – Santo Ângelo
2.Prof. Dr. Cênio Back Weyh - URI – Santo Ângelo
3.Prof. Dr. Nelson Knak Neto - URI – Santo Ângelo
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