A agricultora porto-mauense Nadir Dallabona Wegner (59), residente na Barra do Santo Cristo, interior do município, colheu em sua horta um cará-moela gigante. Em toda sua vida como agricultora nunca havia visto semelhante (tamanho e formato escultural).
O cará-moela é uma planta trepadeira, originária da África, trazida ao Brasil pelos escravos. Tem este nome por causa do formato: parece uma moela de frango. O cará é pouco conhecido no país e a produção comercial é pequena. É mais encontrado nos quintais, a colheita deve ser feita no solo depois que ele cair. É uma boa fonte de nutrientes, pode ser consumido cozido para substituir o pão no café da manhã ou nas refeições, junto com carnes e sopas, sempre em substituição à batata.
Nadir contou que possuía muda de cará com sabor mais suave, mas acabou perdendo esta variedade, há dois anos conseguiu novamente com a amiga Ilse Kuss, que trouxe esta variedade da Argentina (sabor mais forte). Plantou a muda na horta, distante 15 metros da torre do telefone (20 metros de altura), a ramada deslocou-se em direção da tela da horta e subiu ainda 15 metros na torre, numa extensão total de 30 metros. A ramada produziu apenas quatro tubérculos, sendo dois pequenos em forma de moela (normal / 140 gr) e dois gigantes (tamanho e forma de escultura), sendo que o colhido pesou 700 gramas, mediu 43 cm de diâmetro e 13 cm e altura. Nadir frita carne com o tubérculo e usa na maionese (metade batatinha e metade cará-moela).
Fonte: Texto e foto: Vilson Winkler
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