sábado, 3 de março de 2018

Maior Batalha Naval da América” (1641)

Há 377 anos, no dia 11 de março de 1641, as forças jesuítico-guarani se prepararam de forma concreta e decisiva para a batalha que estava prevista. Desde 1629 os Bandeirantes atacavam as Missões em busca de mão de obra escrava para suas lavouras de São Paulo e Rio de Janeiro. Durante este período os paulistas foram responsáveis pelo deslocamento de 30 reduções, 18 delas no Rio Grande do Sul, e pela morte de mais de 600.000 nativos na América.
Sobre o que ocorreu em 1639 – Os jesuítas, cansados de serem atacados pelos Bandeirantes, 4.200 da Nação Guarani, mais os Jesuítas, prepararam-se para embater. Pe. Montoya foi a Madri e conseguiu a autorização para uso de armas de fogo: Conseguiu comprar 300 fuzis e um canhão. Em 11 de março 1641 cerca de 6800 pessoas das forças Bandeirantes, entre mamelucos e tupis atacaram as reduções.
A BATALHA DE M’BORORÉ foi a primeira batalha naval da América e localizou-se no rio Uruguai entre o arroio Acaraguá (AR) e especialmente no território onde hoje está o município de Porto Vera Cruz (Brasil) e o município de Panambi (Argentina).
A força jesuítica-guarani receberam instrução militar dos Irmãos, ex-militares: João Cardenas, Antônio Bernal e Domingos de Torres. As operações foram dirigidas pelo Padre Romero. As forças defensoras estavam dirigidas pelos Padres Cristovão Altamirano, Pedro Mola, João de Porras, José Domenech, Miguel Gomez e Domingo Suarez.
O Capitão General foi Nicolau Nenguirú (cacique da redução de Concepción) auxíliado pelos capitães Inácio Abiarú, (cacique da redução de Nossa Senhora de Assunção do Acaraguá); Francisco Mbayroba (Cacique de São Nicolau), e o CaciqueArazay de San Javier.
A batalha ocorreu dentro do rio Uruguai por 5 dias seguidos e depois os ataques continuaram por terra. Os cerca de 250 sobreviventes das forças Bandeirantes chegaram a São Paulo somente dois anos depois. A vitória dos missioneiros foi tão importante que as força Bandeirante jamais retornaram a atacar as reduções, mudando sua política expansionista para a busca das minas de ouro e diamante nas Minas Gerais e no oeste brasileiro, o que demonstra a importância do fato histórica para a formação do que chamamos de Brasil na atualidade.

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