Há 377 anos,
no dia 11 de março de 1641, as forças jesuítico-guarani se prepararam de forma concreta e
decisiva para a batalha que estava prevista. Desde 1629 os Bandeirantes
atacavam as Missões em busca de mão de obra escrava para suas lavouras de São
Paulo e Rio de Janeiro. Durante este período os paulistas foram responsáveis
pelo deslocamento de 30 reduções, 18 delas no Rio Grande do Sul, e pela morte
de mais de 600.000 nativos na América.
Sobre o que
ocorreu em 1639 – Os jesuítas, cansados de serem atacados pelos Bandeirantes, 4.200
da Nação Guarani, mais os Jesuítas, prepararam-se para embater. Pe. Montoya foi
a Madri e conseguiu a autorização para uso de armas de fogo: Conseguiu comprar
300 fuzis e um canhão. Em 11 de março 1641 cerca de 6800 pessoas das forças
Bandeirantes, entre mamelucos e tupis atacaram as reduções.
A BATALHA DE
M’BORORÉ foi a primeira batalha naval da América e localizou-se no rio Uruguai
entre o arroio Acaraguá (AR) e especialmente no território onde hoje está o
município de Porto Vera Cruz (Brasil) e o município de Panambi (Argentina).
A força
jesuítica-guarani receberam instrução militar dos Irmãos, ex-militares: João
Cardenas, Antônio Bernal e Domingos de Torres. As operações foram dirigidas
pelo Padre Romero. As forças defensoras estavam dirigidas pelos Padres
Cristovão Altamirano, Pedro Mola, João de Porras, José Domenech, Miguel Gomez e
Domingo Suarez.
O Capitão
General foi Nicolau Nenguirú (cacique da redução de Concepción) auxíliado pelos
capitães Inácio Abiarú, (cacique da redução de Nossa Senhora de Assunção do
Acaraguá); Francisco Mbayroba (Cacique de São Nicolau), e o CaciqueArazay de
San Javier.
A batalha
ocorreu dentro do rio Uruguai por 5 dias seguidos e depois os ataques
continuaram por terra. Os cerca de 250 sobreviventes das forças Bandeirantes
chegaram a São Paulo somente dois anos depois. A vitória dos missioneiros foi
tão importante que as força Bandeirante jamais retornaram a atacar as reduções,
mudando sua política expansionista para a busca das minas de ouro e diamante
nas Minas Gerais e no oeste brasileiro, o que demonstra a importância do fato
histórica para a formação do que chamamos de Brasil na atualidade.
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