Prefeito Municipal em 1984, Lauri Antônio Thomas liderou um grupo de pessoas que buscava entregar a Giruá um digno presente nos seus 30 anos de emancipação político-administrativa(que seria celebrado no ano seguinte).
Em nosso município, há 33 anos, os eventos tradicionalistas não eram realizados com o vigor de hoje. Eram poucos os que participavam de Rodeios e Festas Campeiras na fronteira e nos demais municípios de maior tradição cultural gaúcha. Mas a Prefeitura Municipal conclamou entidades, autoridades e lideranças, a aqui realizar um Rodeio Crioulo para celebrar os 30 anos de Giruá, e assim fortalecer os laços culturais e o tradicionalismo gaúcho no municipio de pujante agricultura.
Pelos valorosos vínculos de amizade que possuía com líderes de entidades que protagonizavam os maiores Rodeios do Estado, como o fronteiriço Fábio Rocha, foi dedicado tempo especial para planejar e programar este que décadas depois se consolidaria como um das maiores eventos tradicionalistas do Rio Grande do Sul. Visitas, reuniões, participação em eventos, tudo foi pensado com a maior responsabilidade possível, justamente para que em Giruá se constituísse algo sólido, duradouro, marcante, e fundamental aos apaixonados pelo tradicionalismo.
Demonstrando claramente que deveria
preponderar o espírito de união e cavalheirismo, o Prefeito Lauri nomeou como coordenador-Geral o ex-Prefeito Olmiro Callai, que militava em campo político oposto. Possivelmente, um dos maiores gestos de fidalguia no âmbito político de nossa comuna. Depois disso, vieram tantos outros Prefeitos, tantos outros coordenadores, com a mesmo vontade de vencer, de superar os desafios, e de fazer o melhor para Giruá e para o Rodeio que crescia ano após ano. Todos, com singular e especial importância.
Decorridos 30 Rodeios, reconhecer o trabalho de quem idealizou o evento é nada mais do que uma questão de honra e altivez. Da mesma forma, agradecer à todos aqueles que ajudaram a tranformar o sonho em realidade, de 33 anos atrás até os dias de hoje. Aos jovens do Interact Club que acolhiam desde o trevo os visitantes, em acomodações i
mprovisadas; aos tradicionalistas e religiosos da época; aos homens e mulheres do microfone, de pista, da infraestrutura, segurança e ornamentação. Aos organizadores das provas campeiras e das provas artísticas… aos que encantavam o público mostrando o valor da lida campeira e a beleza da arte gaucha.
Hoje, os filhos e netos daqueles que bravamente lutaram para que o Rodeio nascesse, vingasse e se consolidasse, frequentam o Parque Cleito Silva, de cabeça erguida e com orgulho de sua ascendência. Em especial, daqueles que já partiram, e do firmamento acompanham a bravura de mais um Rodeio Crioulo de Giruá; que vingou não por acaso, mas pela visionária semeadura.
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