Prefeituras de todo o país estão se organizando
para uma paralisação nacional no dia 11 de abril em sinal de protesto à atual
situação de crise dos municípios brasileiros. O movimento é organizado pela
Confederação Nacional dos Municípios, com o apoio da FAMURS.
Batizada
de "Viva o Seu Município. Você nasceu aqui não o deixe morrer", a
campanha tem o objetivo de chamar a atenção para a situação de crise financeira
das cidades do país. No Rio Grande do Sul, o ato acontecerá na Praça da Matriz,
em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, das 9h às 12h. São aguardadas
mais de 10 mil pessoas para o evento.
A
pauta de reivindicação dos prefeitos é integrada por cinco itens.
1
- O aumento de 2% do Fundo de Participação dos Municípios encabeça a lista.
Isso representaria, em 2014, um aporte de mais de R$ 7,2 bilhões aos cofres
municipais, auxiliando, sobretudo, os pequenos e médios municípios, que têm no
FPM uma de suas mais importantes fontes de receitas.
2
- A reformulação da Lei Complementar 116/2003 ISS também é destaque na pauta. O
projeto pretende além de incluir novas atividades econômicas na LC 116/2003,
resolver o problema da guerra fiscal no ISS. Com isso, será possível arrecadar
e promover uma melhor equidade de receitas entre os municípios.
3
- Os gestores também pleiteiam as desonerações do Imposto de Produtos
Industrializados somente da parcela da União. O governo federal pode conceder
renúncias de impostos para fomentar a economia. E, nestes últimos anos, uma das
principais políticas macroeconômicas foi a de desonerações no IPI. O problema
disso é que o IPI compõe o FPM, e a cada desoneração acaba acarretando menos
FPM aos municípios.
4-
A pauta também cobra a apreciação pelo Supremo Tribunal Federal da Lei 12.734/2012
com a redistribuição dos royalties de petróleo e gás. A CNM, com o movimento
municipalista, conseguiu – após imensa luta junto ao Congresso Nacional –
derrubar o veto a Lei 12.734/2012, que redistribui de forma mais justa os
royalties de petróleo e gás das plataformas continentais. Esta lei encontra-se
sob judicie no STF esperando a manifestação da suprema corte sobre a sua
constitucionalidade.
5
- Os prefeitos também reivindicam o encontro de contas das dívidas
previdenciárias. Durante a XVI Marcha, a CNM pautou a questão do encontro de
contas das dívidas dos entes municipais junto à Previdência. Ou seja, abater da
dívida dos municípios o que a Previdência deve a eles. Até o momento, a Receita
Federal e o ministério da Previdência Social não concordaram com o pleito
proposto pela CNM.
A
prefeitura de Giruá aderiu a paralisação, o Prefeito Fabiam, decretou expediente
interno pela parte da manhã e ponto facultativo pela parte da parte, nas
repartições públicas municipais, no dia 11 de abril de 2014, funcionarão apenas
os serviços essenciais como saúde, educação, limpeza pública e assistência
social.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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