sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Pedofilia na Internet: proteja seu filho!


Foto meramente ilustrativa
Nem tudo que reluz é ouro. Nem todo acesso ao mundo virtual é seguro. A internet disponibilizou às pessoas um novo universo de conhecimento e diversos benefícios. Tornou-se forte aliada no desenvolvimento dos países.  Porém, em meio a todos estes avanços oferecidos pela rede mundial de computadores há brechas de perigo em que é preciso ficar atento. A grande circulação de conteúdo relacionado com a pornografia infantil na internet criou uma indústria de pedofilia. Criminosos aproveitam-se da ingenuidade das crianças para cometer delitos. E, apesar de existir instrumentos e meios para coibir este crime, eles não são suficientes para dar conta da extensão do problema. Por isso a educação e informação sobre este perigo é fundamental para inibir a ação daqueles que utilizam o ambiente virtual para praticar pedofilia.
 
José Roberto Paiva, psicanalista e sexologista, conceitua a pedofilia como um distúrbio de conduta sexual, pelo qual o adulto sente desejo compulsível por crianças ou adolescentes no início da puberdade. Logo, podemos caracterizar pedofilia na internet como ações de produzir, publicar, vender, adquirir e armazenar pornografia infantil, por meio das páginas da web, newsgroup, salas de bate-papo, ou comunicações do gênero. Ou seja, é a prática, através da internet, de aliciar crianças ou adolescentes para realizarem atividades sexuais ou para se exporem de forma pornográfica.
O mercado virtual movimenta cifras milionárias no mundo inteiro. Uma matéria publicada na revista “ISTO É”, em março de 2006, mostra que no ano 2000 o mercado mafioso da pedofilia movimentou 5 bilhões de dólares em todo o mundo. Em 2005 a estimativa é que esse mercado tenha movimentado 10 bilhões de dólares, ou seja, dobrou em apenas 5 anos. Nesses 10 bilhões estão incluídos a venda de fotografias e vídeos que mostram crianças sendo abusadas e fazendo sexo com adultos e até com animais. É imprescindível estar atento. Pois, cada vez mais a internet está sendo usada como via de comunicação para a prática destes delitos geradores de graves consequências físicas e traumas psicológicos para a criança vitimada.
Antes do advento da internet os pedófilos tinham mais dificuldades de se encontrar com crianças e adolescentes. Hoje eles estão a um clique deles. Atualmente eles criam perfis falsos nas redes de relacionamento, nos quais assumem um personagem fictício, normalmente com idade aproximada das crianças e adolescentes que pretendem abordar, e desta forma se aproximar da vítima e ganhar sua confiança. Costumam usar uma linguagem infantil em redes de relacionamento e comunicação instantânea. Tentam cativar as crianças e adolescentes simulando interesse pelas mesmas músicas, filmes e livros. Criam uma falsa ideia de amizade, geram um vínculo, fortalecem o contato e se aproximam da intimidade ingênua própria da idade das vítimas. Em alguns casos oferecem favores ou vantagens financeiras em troca do sigilo do caso ou ameaçam a vítima.
A comunicação é fundamental. Mais do que qualquer programa ou filtro de conteúdo, a conversa sincera entre pais e filhos, professores e alunos, ainda é a melhor arma para enfrentar os perigos da pedofilia. Previna-se! Mantenha o computador num local que todos tenham acesso na casa. Naveguem juntos na internet. Crie condições para que a criança mostre os sites por onde navega. Oriente para que não haja encontro com pessoas que conheceram pela internet. Ensine a não divulgar dados pessoais e a não responder a mensagens insinuantes ou agressivas. Adquira confiança para que seu filho ou pessoa querida conte caso seja vitimado. Ter uma relação familiar amigável é o melhor caminho. O diálogo ainda é a melhor forma de prevenção.
Fonte: Danielli Regina Scarantti

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