sábado, 4 de agosto de 2012

Voz do Campo em Passo Fundo

Neste sábado, 04 de agosto, estaremos realizando o Programa A Voz do Campo em Passo Fundo na sede da BSBIOS a maior industria de biodiesel do Brasil.
      A importância do biodiesel para a agricultura Brasileira e os impactos na diversificação de culturas será o tema de debates que reunirá  empresários, produtores e lideranças do agronegócio.

     Sede da BSBIOS em Passo Fundo patrocinador do Programa A Voz do Campo.

 Erasmo Battistella (a esq) Diretor Presidente da BSBIOS quando esteve no Programa A Voz do Campo ao lado do produtor rural Valdecir Sovernigo integrante da diretoria da Associação A Voz do Campo. 
O tremendão do biodiesel
Como o empresário gaúcho Erasmo Carlos Battistella, que há sete anos era proprietário de dois postos de gasolina, se transformou em sócio da Petrobras e dono de uma das maiores empresas de biocombustível do País, com faturamento de R$ 1 bilhão.

 
  Em meados de 2004, o empresário gaúcho Erasmo Carlos Battistella aguardava na fila do banco para pagar as contas do mês quando alguns agricultores perguntaram sua opinião sobre o biodiesel. Ele, que era dono de dois postos de combustíveis em Colorado, cidade a 300 quilômetros de Porto Alegre, conhecia muito pouco sobre o tema. Na época, o biodiesel começava a ganhar espaço no noticiário graças à preparação do Plano Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) pelo governo federal. O interesse dos colegas despertou a atenção de Battistella, que começou a pesquisar sobre o assunto. Menos de um ano depois, ele resolveu investir na área.  
Hoje, aos 33 anos, o empresário tem certeza que sua intuição estava correta. A BSBIOS, fundada pelo empreendedor em 2005, faturou R$ 1 bilhão em 2011. Mais: Battistella se transformou, no ano passado, em sócio da Petrobras, ao vender 50% da companhia para a Petrobras Biocombustível (PBio), subsidiária da estatal brasileira de petróleo, por R$ 200 milhões. Com a associação, se transformou no maior produtor de biodiesel do Brasil, um setor que vai receber investimentos de R$ 28,1 bilhões até 2020, valor cinco vezes superior ao que foi gasto entre 2005 e 2010. “Ninguém acreditava em mim. Eu era motivo de risada”, disse Battistella à DINHEIRO. 
O setor de biodiesel ainda dá os primeiros passos no Brasil. Mas já está criando os seus primeiros milionários. Battistella, por exemplo, pode ser considerado o primeiro empreendedor não ligado a grandes grupos empresariais nacionais ou internacionais a ganhar muito dinheiro com a exploração desse tipo de combustível renovável. Seu negócio surgiu na esteira de uma política governamental que privilegia os investimentos na área, depois que o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou, em 2005, a lei que obriga a mistura atual de 5% do biodiesel ao diesel comum. Graças a ela, em sete anos, Battistella deixou de ser um pequeno empresário para criar uma empresa  bilionária.
    A BSBIOS, cuja sede é em Passo Fundo (RS), já é uma das 100 maiores do Rio Grande do Sul, figura entre as 200 maiores companhias da região Sul e entrou para a lista das mil maiores do Brasil. “O Erasmo tem uma enorme capacidade empreendedora e uma visão estratégica do setor”, diz o ex-ministro Miguel Rossetto, atualmente presidente da PBio, que desde a associação entre as duas empresas também comanda o conselho de administração da BSBIOS. O desempenho empresarial de Battistella é ainda mais surpreendente quando se leva em conta sua trajetória. 
Nascido em uma família de pequenos agricultores de Itatiba do Sul (RS), o empreendedor foi batizado em homenagem ao cantor e compositor dos tempos da jovem guarda Erasmo Carlos, conhecido como Tremendão, do qual seus pais eram fãs. Apesar do nome que remete ao universo musical, Battistella queria mesmo era ser jogador de futebol. Torcedor fanático do Grêmio, bem que ele tentou seguir a carreira, chegando a disputar campeonatos regionais pelo time da cidade. Largou tudo para se dedicar ao estudo de técnicas agrícolas em Erechim (RS). Trabalhou na cooperativa da cidade e, na sequência, foi recrutado para ajudar na loja de insumos agrícolas e fertilizantes de um tio, na vizinha Nicolau Vergueiro. 
 Seu primeiro negócio próprio só surgiria em 1998, quando, aos 20 anos, pediu um empréstimo de R$ 20 mil para a avó de sua então namorada, Fabiana, hoje sua mulher. Os recursos foram usados para arrendar um posto de combustíveis na cidade. Multiplicou o capital, passou o ponto e construiu outro em Santa Cecília do Sul, onde não havia nenhum comércio do tipo. Cinco meses depois, vendeu a unidade por R$ 200 mil e seguiu para Colorado. Lá, passou a controlar dois postos de combustíveis, negócio que manteve até 2007. Como a cidade era maior, o volume de vendas compensava o resultado financeiro. “Sempre fui uma espécie de faz-tudo no negócio”, afirma Battistella. 
  “Atendia os clientes, transportava o combustível em meu próprio caminhão e até atuava como caixa.” O conhecimento adquirido nesse período, somado ao espírito empreendedor, fez com que Battistella vislumbrasse uma chance de ganhar ainda mais dinheiro quando decidiu apostar na BSBIOS. “O sucesso do programa de incentivo ao etanol, o Pró-Álcool, me levou a acreditar que com o biodiesel aconteceria o mesmo”, afirma. “Temos um pré-sal verde para ser explorado.” A ascensão de sua empresa, uma sopa de letrinhas que tem o B para Brasil, o S como referência à região de origem e o BIOS para mostrar o que produz, acompanhou a expansão do setor. 
Em 2005, não havia sequer uma usina de biodiesel no País. Hoje, são cerca de 70 companhias que começaram a investir mais fortemente na área..
    “Quero me tornar um dos consolidadores do setor no País”, diz Battistella. Para isso, ele já desenha estratégias de aquisição de concorrentes na área de biodiesel, a entrada no mercado de biolubrificantes e também a expansão para o segmento de etanol.
Parceiros da Voz do Campo - Bruno Fockink ( a esq) Presidente do Conselho de Administração do Grupo Fockink e Erasmo Battistella (a dir), empresários geradores de riquezas e muitos empregos no estado. Aqui ambos participaram do Programa A Voz do Campo na fábrica da Fockink em Panambi. agora é a vez do programa ser realizado na sede da BSBIOS em Passo Fundo.

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