Pesquisadores e produtores buscam reativar um cultivo.
Uma das plantas mais características do Rio Grande do Sul, o butiá, deixou de ser plantado no estado e atualmente está ameaçado, como mostra a reportagem do Campo e Lavoura, da RBS TV (veja o vídeo abaixo). A planta já foi fundamental para fornecer matéria-prima para grandes empresas, e a crina vegetal retirada das palmeiras era usada para forro de colchões e sofás.
A vantagem dos butiazais é que das palmeiras é possível aproveitar todo o material, como folhas e frutas. Segundo pesquisadores, o vegetal está chamando novamente a atenção dos produtores e indústrias. Segundo a bióloga da Fundação Zoobotânica do estado Luiza Chomenko, com a entrada da indústria petroquímica houve redução do uso da crina vegetal.
Com isso, houve desinteresse com o cuidado dos butiazais. "Este momento está revertendo. Hoje as atuais políticas mundiais pedem produtos mais ambientalmente associados à conservação da natureza", afirma.
De acordo com Rosa Lia Barbieri, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a expectativa é que em um futuro próximo o consumidor possa ter à disposição vários produtos obtidos a partir do butiá. "Para que isso aconteça, há uma base estabelecida por uma pesquisa da Embrapa, que fala sobre formas de manejo da cultura, como manter plantações e como conservar as populações naturais dessa planta nativa", conclui.
No Uruguai há uma lei que impede o corte das palmeiras, segundo a engenheira agrônoma Mercedes Rivar. "As plantas já são antigas, com 200 e até 300 anos. Lá existe um trabalho para a conservação do butiá", explica. No Rio Grande do Sul, o maior butiazal está no município de Tapes.
Fonte: G1
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