Os integrantes da comissão de trabalho para inclusão da região missioneira nos estudos de viabilidade do traçado da Ferrovia Norte-Sul já iniciaram os trabalhos de divulgação da iniciativa. Os prefeitos de São Luiz Gonzaga, Junaro Figueiredo, de Giruá, Fabiam Thomas, e os vice-prefeitos de Santo Ângelo, Nara Damião e de São Borja, Jefferson Homrich, com o apoio do presidente da Associação dos Municípios das Missões (AMM), prefeito René José Nedel e representando os 26 prefeitos missioneiros, visitaram diversas rádios nos municípios da região, concedendo entrevistas sobre a questão.
Entre os dias 22 e 24 de outubro, nas entrevistas radiofônicas, fizeram questão de explicar às comunidades e lideranças regionais sobre os benefícios para a região da inclusão deste traçado no projeto de ferrovias do governo federal. Os prefeitos e vice-prefeitos integrantes da comissão enfatizaram que, unindo forças com outras regiões envolvidas, e apoio das comunidades, será possivel sensibilizar as autoridades federais e garantir mais desenvolvimento para as missões. Um dos momentos mais importantes do trabalho será a audiência pública que vai acontecer no dia 22 de novembro, às 14 horas, na sede da AMM.
Neste dia, também será apresentada aos participantes da audiência pública a Carta Missioneira – documento elaborado pelos 26 prefeitos da AMM – com a solicitação oficial da inclusão do novo traçado nos estudos, que será enviado ao ministro dos Transportes, governo do Estado, presidentes da Frente Parlamentar Nacional e Estadual das Ferrovias e para outros órgãos competentes. O evento vai reunir autoridades estaduais e federais, presidentes de Associações de Municípios, Coredes, Universidades, prefeitos, vereadores, secretários municipais, entre outras lideranças, entidades e comunidade. Será um momento de grande mobilização para somar esforços de forma a consolidar a iniciativa.
Conforme explicou o vice-prefeito de São Borja, Jefferson Homrich, entre as vantagens está o fato de que o transporte ferroviário é 40 por cento mais barato que o transporte rodoviário. “Não se trata de uma competição de mercado, pois estamos buscando competitividade para a nossa região. Queremos o transporte de carga e também de passageiros, melhorando cada vez mais a qualidade para que possamos colocar a região em condições de competir com as demais regiões do Brasil e do Estado”, enfatizou.
Fortalecimento da economia e do turismo missioneiro
O transporte ferroviário regular, além de fortalecer diversos setores da economia, ajudará também os municípios das missões a explorarem melhor as potencialidades turísticas, como destacou a vice-prefeita de Santo Angelo, Nara Damião. “Se o Rio Grande do Sul vem crescendo se deve ao agronegócio, que é nossa principal característica, mas também precisamos trabalhar para que o turista venha conhecer o conjunto dos Sete Povos”, ressaltou Nara Damião, reiterando que se as lideranças não se mobilizarem o traçado irá para outra região. “É nossa responsabilidade como gestores dos municípios missioneiros trabalhar para não deixar o trem passar”, alertou.
Conforme relataram os representantes da comissão de trabalho, o transporte ferroviário vai significar uma queda de 40 por cento no custo do transporte da produção da região como trigo, soja, arroz, milho, resultando em maiores ganhos para os produtores rurais e para o comércio local aumentando a riqueza e a renda da comunidade. “Por ser um pleito regional vamos buscar apoio da região de Santa Rosa, Cruz Alta, Santa Maria, porque numa ação conjunta poderemos conquistar este outro traçado.Vamos mostrar que a ferrovia representa o desenvolvimento para todos” salientou o prefeito de São Luiz Gonzaga, Junaro Figueiredo, vice-presidente da AMM.Segundo o prefeito de Giruá, Fabiam Thomas, que também é secretário da Associação dos Municípios das Missões, trata-se de um projeto macrorregional e estadual. E a etapa sul vai beneficiar não só a região das missões, mas 12 regiões do Rio Grande do Sul. “Esta proposta que está sendo apresentada pela Associação pode ter um reflexo em todo Estado, mas é a AMM que está apresentando esta proposta ao Brasil. O nosso argumento é objetivo e existe uma comprovação técnica, uma fundamentação muito sólida, que busca mobilizar os governos estaduais e federais, de forma que o Ministério dos Transportes aprove investir 13 bilhões de reais na parte sul da ferrovia, passando por nossa região”, acrescentou Fabiam, lembrando que o governo federal precisa dar um olhar prioritário para a região das Missões. Em novembro, outras rádios da região serão visitadas pela comissão de trabalho da AMM, que também esteve no gabinete do prefeito de São Borja, Antônio Carlos Almeida, do vice-prefeito de Entre-Ijuís, Brasil Antonio Sartori e com a prefeita de Guarani das Missões, Janete Dauek.
Fonte: Associação dos Municípios das Missões (AMM)
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